quinta-feira, 28 de maio de 2015

Experiência no Workshop PM TOOLS

Olá a todos!

Me chamo Paulo Cunha, membro da Comunidade de Gerenciamento de Projetos Pará, e no dia 1º de abril de 2015 participei do Workshop PMO TOOLS em Fortaleza-CE, ministrado pelo Prof. Américo Pinto, referência no assunto Project Management Office (PMO) ou Escritório de Gerenciamento de Projetos (EGP).

Ao iniciar o treinamento, o professor nos pediu primeiramente que tentássemos definir as funções de um PMO e a conclusão a que chegamos é que “depende”. Depende das necessidades organizacionais e dos stakeholders e do que se deseja obter como benefício.

A verdade é que por um bom tempo ouvi muito falar em modelos prontos, com suas atividades pré-definidas, como:
- Projeto autônomo;
- Escritório de Suporte a Projetos;
- Centro de Excelência;
- Escritório de Suporte Corporativo.

Segundo o Profº Américo Pinto, “tais PMOs, aparentemente, têm pouco compromisso com a aplicação prática e resultados efetivos e a consequência é que estes perdem força e apoio rapidamente”.

A metodologia do PMO TOOLS não define modelos. Ela fornece um método para você planejar o seu Escritório de Gerenciamento de Projetos desde o início ou reenergizar existentes, que atenda as necessidades da sua organização e gere valor e os benefícios esperados. Através de 6 fases muito simples e da ajuda de um Canvas, chamado de PMO Canvas, você define o seu PMO. As etapas são as seguintes:

1. Modelagem Estratégica com o PMO Canvas: utiliza-se uma folha A0 dividida da seguinte forma:


Neste primeiro momento você define os Desafios, ou seja, problemas a serem enfrentados pelo PMO, a Proposição de Valor, que visa definir de maneira bem generalista o que o PMO vai fazer, além de identificar quem são os clientes do PMO.

2. Definição dos Serviços com o PMO Mix Manager: através desta ferramenta, você define para cada parte interessada os benefícios esperados em uma lista dos 30 benefícios mais comuns já mapeados. Em seguida, através de uma matriz de Probabilidade Serviços x Benefícios, você identifica os serviços (funções) do PMO, de uma lista de 27 no total, que melhor atendem àqueles benefícios definidos inicialmente. 

3. Definição de KPIs com o PMO Performance Model: através desta ferramenta você define os Key Performance Indicator ou Indicadores-chave de Desempenho para cada uma das atividades do PMI, isto tudo já mapeado pelo PMO TOOLS.

4. Definição do Headcount e Perfil com o PMO Competence Model: com esta ferramenta definimos as competências necessárias para a equipe que atuará no PMO e a quantidade de pessoas.

5. Definição do Plano para Evolução com PMO Maturity Cube: utilização da ferramenta do PMO Maturity Cube para identificar o nível de maturidade e montar um plano para evolução desta maturidade.

6. Acompanhamento com o PMO Balanced Scorecard: Utilização de um modelo de scorecard para monitoramento das ações.

No final do treinamento as equipes tem algo como a figura abaixo:



Todo este modelo foi concebido com a colaboração de profissionais, especialistas e pesquisadores da área através do PMO Master Class (http://pmomasterclass.com.br/), um programa de estudos e certificação dedicado somente à Escritório de Gerenciamento de Projetos.

Para finalizar, o Profº Américo Pinto informou ao final do curso que lançará um livro sobre esta metodologia em breve, algo como um PMOBoK, e uma certificação neste modelo, provavelmente até o final do ano.

Até breve!


Postado por:
Paulo Henrique Cunha, PMP, Consultor e Instrutor em Gestão de Projetos PMI.


terça-feira, 19 de maio de 2015

Utilizar a Corrente Crítica em Projetos Vale a Pena?

A corrente crítica é uma particularização da Teoria das Restrições, desenvolvida pelo físico israelense Eliyahu Goldratt, aplicado ao gerenciamento de projetos. A corrente crítica já apresenta suas diferenças em relação ao método clássico desde a etapa de planejamento. Nós, praticantes do gerenciamento de projetos, sabemos que, a sequência de atividades, cujo atraso em quaisquer delas provoca atraso em igual intensidade no projeto como um todo, é chamada de caminho crítico.

Goldratt pressupõe que quando os planejadores estimam as durações de suas atividades, já inserem um adicional de segurança, tornando-as mais longas para garantir as suas entregas. Entretanto, observações de aspectos psicológicos mostram que ações que podem ser realizadas em determinados prazos, não costumam ser finalizadas nesses prazos caso haja tempo adicional disponível. Esse efeito é conhecido como procrastinação ou a "síndrome do estudante".



Um aluno que possui quatro dias para se preparar para uma prova provavelmente não gastará mais tempo em sua preparação do que aquele que possui seis dias para se preparar para a mesma prova. Isso reforça o paradigma que todos os projetos não cumprem seus prazos, ou seja, atrasam.
Goldratt então sugere que os excessos colocados nas durações das atividades do caminho crítico atribuídos aos executores sejam aglutinados e transformados em buffers (pulmões) que serão consumidos conforme as atividades atrasem.

Mas qual seriam as vantagens de se utilizar os tais pulmões? Primeiro, o aspecto psicológico ligado á procrastinação seria reduzida ou eliminada pois os tempos repassados aos executores não conteriam folgas e depois os recursos críticos serão melhor utilizados pois não terão de se desdobrar em diversas atividades ao mesmo tempo.

Então, por que não utilizamos sempre o método da corrente crítica em nossos projetos?

Por que são baseadas em premissas, que nem sempre se aplicam às nossas realidades. Por exemplo, quando você está premido por uma determinação da diretoria que o seu projeto seja concluído em um prazo curto, certamente você não irá utilizar atividades folgadas, pelo contrário você terá vontade de omitir algumas relações de precedência, o que, com certeza, não é uma boa prática!
Os países em desenvolvimento, em franca expansão, com recursos escassos e necessidades de entregas para ontem, são os que mais sofrem esse efeito invertido na fase de planejamento.

Então antes de optar em usar o método da corrente crítica para melhorar o desempenho dos seus projetos, verifique se as premissas que servem de base para o método correspondem ao seu ambiente de projetos.

Postado por:
Bruno Lucena, professor e especialista em gerenciamento de riscos em projetos e programas.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Rodada de Maio do Ciclo de Palestras com Inscrições Abertas

A Rodada de Maio do Ciclo de Palestras da Comunidade de Gerenciamento de Projetos Belém, ocorrerá no próximo dia 28 de Maio, no Auditório 01 do bloco A da Federação das Indústrias do Estado do Pará - FIEPA, das 19h às 21h.
O Tema da Rodada será "Técnicas para Seleção e Gerenciamento de Projetos" e contará com duas palestras:



1 - Seleção de Projetos Alinhados à Estratégia  Usando o Método AHP  - Palestrante: Lázaro SoaresMBA. 
2 - Gerenciamento Ágil de Projetos - Palestrante: Fábio Aguiar, Agile Coach.



Clique na imagem para fazer sua inscrição!

 
Esse evento tem como objetivo aprimorar as habilidades dos profissionais e estudantes de gerenciamento de projetos do Pará e preparar o estado para receber um novo Capítulo do PMI.

No dia do evento, as inscrições custarão R$ 20,00 para estudantes e R$ 30,00 para profissionais


Empresas que queiram patrocinar esse ou nossos próximos eventos entre em contato pelo cgpbelem@gmail.com ou pelas nossas redes sociais.


GT Eventos

terça-feira, 5 de maio de 2015

Comunicação como Fator de Sucesso no Desenvolvimento de Projetos

Na condução de pequenos, médios ou grandes projetos existem muitos fatores que podem determinar o êxito de seus resultados. A tarefa de gerir um projeto não é fácil, devido a diversos pontos os quais devemos dar atenção, como: cumprimento de prazos, controle dos custos, disciplina ao escopo pré-determinado. No entanto, o diferencial que você busca estará, provavelmente, nas pessoas que integram seu projeto e na comunicação que você tem com elas.



As pessoas são os recursos mais importantes de qualquer projeto, e a comunicação que é realizada com elas determina o nível de engajamento do grupo e se reflete sistematicamente em sua motivação.
Todas as pessoas envolvidas em um projeto devem saber o que está acontecendo, quais os próximos eventos, se houveram mudanças, ou qualquer outra notícia relevante.

Essa comunicação não consiste apenas no repasse de informações ou notícias, pelo gerente do projeto à sua equipe ou aos stakeholders, mas ainda em promover, de forma sistemática, modelos de comunicação que permitam que todos estejam a par das informações no momento adequado e em níveis adequados de detalhes.

Os gerentes de projetos em empresas de excelência consideram que chegam a utilizar até 90% de seu tempo em comunicação interpessoal interna com os integrantes das suas equipes." (KERZNER, 2006, 456)

A comunicação é um processo que existe para que ocorra troca de informações entre os envolvidos por meio de um sistema comum de símbolos, sinais e comportamentos.  Pra que essa troca ocorra com eficácia é necessário principalmente: (i) entender o poder e expectativa de cada stakeholder, (ii) tipo e quantidade de informação fornecida a cada um durante o desenvolvimento do projeto, (iii) as tecnologias e as mídias disponíveis, (iv) estabelecer padrões de relatórios e (v) estabelecer uma periodicidade de envio.

"Um efetivo processo de comunicação é necessário para garantir que todas as informações desejadas cheguem às pessoas corretas no tempo certo e de uma maneira economicamente viável. O gerente de projeto utiliza-se da comunicação para assegurar que o time do projeto trabalha de maneira integrada para resolver os problemas do projeto e aproveitar suas oportunidades." (VARGAS, 1999, p.87)


A dica é: Quer teu sucesso em seu projeto? Comece com um bom planejamento de comunicação, entretanto, mais importante do que o planejamento é a prática dessa comunicação na rotina do projeto.

Postado por:
Lázaro Soares, empreendedor.